POESIA GOIANA
Coordenação de SALOMÃO SOUSA
SELUINO TOMAZ DE CANTUARIA
Nascido a 22 de março de 1962, na cidade de Rio Vermelho, Estado de Minas Gerais, Brasil.
Mudou-se aos dez anos com os pais para a cidade de Minaçu, Estado de Goiás. Trabalha em computação eletrônica e escreve apenas por lazer. Este é o seu primeiro trabalho publicado.
BRASIL LITERÁRIO. Coordenação Editorial: Maria Almeida. Capa: Maria Bastos. Rio de Janeiro: Crisalis Editora, 1985. 103 p. 13 x 20 cm
Cultural, 2014. s. p. Edição espiralada.
ISBN 978-85-63464-11-8
Ex. bibl. Antonio Miranda. Doação do livreiro Jose Jorge Leite de Brito, em 2021.
A BRISA E A ROSA
Numa manhã de primavera
o ramo da roseira floriu.
Nasceu a mais bela rosa,
olhou o mundo e sorriu.
Descendo pelas encostas
doce brisa se formou.
Deu voltas ainda indecisa
junto à rosa chegou.
A brisa soprou a rosa
e tão efêmera partiu.
A rosa amou a brisa
pela carícia que sentiu.
"Leva-me contigo pelos ares,
deixa-me olhar a imensidão,
meu canto é tão solitário
é tão pobre este meu chão".
A brisa foi para longe
veredas, vales sem fim.
A rosa ali ficou presa
chorando: "não me deixe assim!"
A brisa correu o mundo,
subiu serras, viu os mares,
ouviu o canto dos nautas
e a harmonia dos lares.
Por longo tempo andou
encontrando belezas mil.
Mas um dia disso cansou-se
saudades então sentiu.
Lembrou-se do amor da rosa
e começou a recordar:
pelos lugares que andou
ninguém a pediu para ficar.
Voltou correndo, arrependida
para à rosa pedir perdão.
Só encontrou o caule caído
e a rosa desfolhada pelo chão.
Mas espalhada de tal modo
bem ordenadas sob o ramo
na forma de cinco palavras:
"brisa, eu ainda te amo!"
*
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Página publicada em julho de 2021
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